sábado, 27 de novembro de 2010

Desde pequenina que, quando a Cuca vai fazer cocó, eu tenho de ir com ela e... dar-lhe as mãos.
Hoje de manhã, durante o ritual...
Eu: "Vá, Cuquinha, faz força no rabinho para o cocó sair"
Ela: "Faz força também, mãe"
Eu: "Ok, a mãe faz força para ajudar"
Ela: "Não faças muita, senão fazes cocó nas cuecas"


24/11/2010

Ela: “Mãe, sabes que a avó B. está muito triste?”
Eu: “Está? Porquê?”
Ela: “Porque não tem pai, nem mãe”
Eu: (Oooppsss... e agora engoles em seco logo pela manhã que é para abrires a pestana!) “Pois não. Mas o pai e a mãe da avó B. são duas estrelinhas do céu. A mãe já te tinha dito isso”
Ela: “Sim, eu sei. E a avó B. não ...precisa mais ficar triste. Tem uma neta muita linda chamada Cuca”
22/11/2010

Na cama...
Ela: “Mãe, vai-te embora. Quero dormir com a avó B.”
Eu: “Então mas não queres que a mãe fique aqui ao pé de ti?”
Ela: “Não. Não gosto de ti”
Eu: “Não? Oohhh, assim a mãe fica tão triste...”
...Ela: “Não fiques, mãezinha! O Pai Natal depois traz-te uma malinha cheia de kinders”
19/11/2010

Eu: “Amanhã vamos escrever a carta ao Pai Natal. Vai pensando naquilo que queres pedir”
Ela: “Já sei. Quero uma casa da Lóló Kitty e uma bola de punfubol”
16/11/2010

Ela: “Mãe, quero ir ao cinema”
EU: “Ao cinema???? Mas tu ainda és pequenina”
Ela: “Não sou nada. O M.P. vai ao cinema ver o ‘Mal-disposto’ [o Gru] e convidou-me”
(Ainda não tem 3 anos e já tem convites para ir ao cinema. Isto está bonito, está...)
15/11/2010

Eu: “Cuca, já sabes o que vais pedir ao Pai Natal?”
Ela (a opontar para o folheto do Toys’r’Us): “Isto. Isto. Isto. Isto”
Eu: “Eeehhh, calma! Escolhe só dois ou três brinquedos”
Ela: “Porquê????”
Eu: “Porque não podes ter tudo. Os brinquedos são muito caros e a mãe não pode comprar todos”
...Ela (cabisbaixa): “Está bem. Então compra só uns sapatinhos para ti”
13/11/2010

Eu: “Vá, deita-te para fazer óó”
Ela: “Não”
Eu: “Tem de ser, Cuca. Todos os meninos dormem depois do almoço”
Meia hora depois...
Eu: “Cuca, já me estou a passar! Acabou a brincadeira e dorme”
...Ela (a chorar): “Não quero!”
Eu: “Olha, se continuas a fazer birras, vou dar os teus brinquedos a outros meninos”
Ela (senta-se de repente e põe um ar zangado): “Gostavas que eu desse as tuas coisas a outras pessoas, gostavas?”
12/11/2010

No final do jantar:
Ela: “Mãe, posso beber um bocadinho de coca-cola?”
Eu: “Não, Cuca. Sabes que não”
Ela: “Mas eu quero”
Eu: “Pois... mas não pode ser. A coca-cola faz mal”
...Ela: “Mas tem de ser”
Eu: “Tem? Mas porquê?”
Ela: “Oh mãe, tu não ouves? A Coca-cola está a dizer ‘mãe da Cuca, eu quero ir para a barriguinha dela’”
8/11/2010

Ao jantar:
Eu: “Tens de comer tudo! O arroz e o peixinho vão fazer uma grande festa na tua barriguinha”
Ela: “Pois é. E a saladinha também vai à minha festa, vou comer toda”
Avó: “Eu gosto muito de festas. Também posso ir, Cuca?”
Ela: “Oh avó B., claro que não. Depois eu tinha que te engolir e ficava sem avó”
 6/11/2010

Eu: “Cuca, vai arrumar os brinquedos”
Ela: “Não quero”
Eu: “Mas tens de ir. As coisas são tuas. Desarrumas, brincas e depois arrumas outra vez”
Ela: “Não”
Eu: “Oh Cuca, deixa-te de coisas. Já sabes que, depois de brincar, tens de guardar tudo”
...Ela (com ar dramático): “Não posso, mãe”
Eu: “Não podes? Porquê?”
Ela (enfia os braços dentro das calças do pijama e...): “Não tenho mãozinhas...”
4/11/2010

Ela: “Mãe, hoje o M.P. puxou a minha saia e as minhas cuecas para ver o meu pipi”
Eu: “Ele fez isso? E tu o que é que fizeste?
Ela: “Mostrei as minhas maminhas”
1/11/2010

Todos os dias há queixas:
“Mãe, o M.P. bateu-me”
“Mãe, o M.P. arranhou-me”
“Mãe, o M.P. portou-se mal”
“Mãe, o M.P. empurrou a Cuca”
...”Mãe, o M.P. puxou a minha trancinha”
“Mãe, o M.P. estragou um jogo na escola”
Eu: “Ah, mas esse M.P. porta-se tão mal”
Ela: “Pois é”
Eu: “Ele é muito feio”
Ela: “Não é nada! É lindo e eu gosto muito dele!”
Questão: Porque será que as mulheres até aos 30 têm tendência para os bad guys?
27/10/2010

A caminho da escola...
Ela: “Mãe, conta uma história”
Eu: “Tá bem. Queres a da Branca de Neve?”
Ela: “Não”
Eu: “A do Peixe Nemo?”
...Ela: “Não”
Eu: “A da Cinderela?”
Ela: “Não”
Eu: “Então, Cuca, qual é que queres?”
Ela: “A do Bob”
Eu: “Bob? Mas eu não sei essa... “
Ela: “És mesmo totó!”
26/10/2010

À mesa:
Ela: “Mãe, eu não quero comer este peixe”
Eu: “Porquê? Comer peixinho faz tão bem”
Ela (com um ar triste): “Mas eu não quero”
Eu: “Mas porquê, Cuca? Tu gostas de peixinho, com batatinhas e salada”
Ela: “Porque se eu comer, ele vai para a minha barriga e depois o pai e a mãe dele ficam tristes”
19/10/2010

Enquanto fazia cocó...
Ela: “Oh mãe, sabes que o meu cocó e o meu xixi vão fazer uma festa?”
Eu: “Ah vão? Boa! Para isso, eles têm de sair da tua barriguinha”
Ela: “Pois é. O cocó tem um vestido novo e o xixi também, para irem à festa”
Eu: “Olha, e eu também posso ir?”
...Ela: “Não”
Eu: “Não? Oohhhh... mas eu gosto tanto de festas. Não posso ir porquê?”
Ela: “Porque és muito grande! Não cabes na sanita”
18/10/2010

Apanhada com um bebegel na boca...
Eu (zangada): “Cuca, isso não é para pôr na boca! Que disparate!”
Ela: “Oh mãe, isto é supositório para o rabo, não é?”
Eu: “É. Não podes comer isso, que faz mal”
Ela (em pânico): “Aaaahhhhhhh, agora vou fazer cocó pela boca!!!”
15/10/2010

Ela: “Oh mãe, hoje o M.P. empurrou-me”
Eu: “Ah foi? Que tonto! E o que é que tu fizeste a seguir?”
Ela: “Levantei-me”
14/10/2010

A inocência de uma observação, que daqui a 10 anos ganhará um novo significado...
A entrar pelo portão da escola, ao mesmo tempo que um menino que seguia acompanhado pelo pai:
Ela: (quase aos gritos) “Mãe, este é o Vicente!”
Eu: “Ah é? Então e o Vicente é da mesma sala que tu?”
Ela: “É. E eu já dormi com ele”

13/10/2010

Um dia destes, a passar ao lado da linha do comboio (como todas as manhãs, a caminho da escola)...
Eu: “Olha o comboio a passar! Diz adeus”
Ela: “Adeeeeeus combooooio!” - a acenar freneticamente a mão.
Passados uns segundos...
Ela: “Oh mãe, o comboio não faz adeus a mim... Coitadinho, não tem bracinhos”
12/10/2010

A caminho da escola...
Ela: “Oh mãe, porque é que paraste?”
Eu: “Porque o sinal está vermelho”
Ela: “Porquê?”
Eu: “Quando o sinal está vermelho, não podemos andar. Quando está verde, podemos”
...Ela: “Porquê?”
Eu: “Porque, assim, os carros passam um de cada vez”
Ela: “Porquê?”
Eu: “Para não baterem uns nos outros”
Ela: “Porquê?”
Eu (irritada): “Olha, porque são as Regras do Código da Estrada”
Ela: “Aahhhh.... Tá bem”
10/10/2010

‎”Mãe, já sei andar ao pé roxinho...”
9/10/2010

Depois de termos ido ver o bebé R... enfiou um boneco debaixo da camisola.
Ela: “Mãe, tenho um bebé na barriga”
Eu: “Ah sim?”
Ela: “É a minha filha. Agora vou ao hospital e o sr. doutor vai tirar e depois vou dar leitinho das minhas maminhas”
2/10/2010

A descoberta é uma coisa fantástica. A ver o Capuchinho Vermelho:
“Mãe, o lobo mau tem uma pilinha, sabias?”
30/09

Ela: “Ó mãe, tu sabes que eu tenho um professor de ginástica novo?”
Eu: “Sei pois. E sabes como é que ele se chama?”
Ela: “Sei, chama-se Miguel. E tem uma pilinha, sabias?”
 30/09/2010

Ela: “Mãe, sabias que eu adoro a ti?”
Eu: “Que bom! A mãe também te adora muito”
Ela: “E também adoro kinders...”

30/09/2010

Eu: “Vá, tens de te portar bem como uma menina crescida, está bem?”
Ela: “Eu sou muita crescida, não sou, mãe?”
Eu: “És”
Ela: “Então já posso beber coca-cola, café e vinho”

30/09/2010

Ela: “Mãe, somos muita amigas, não somos?”
Eu: “Claro que sim. Muito amigas mesmo!”
Ela: “Então vamos ser namoradas?”
Eu: “Ehhhh....”
Ela: “Boa! Vamos, vamos! E depois vamos fazer um casamento”