Frases das férias:
"Quero lá saber disso"
"Olha a minha cara de preocupada"
"És uma mazona e eu não gosto de ti"
"Nunca mais na vida vou ser tua amiga, ouviste?"

E depois há o reverso da medalha:
"Mamã, não vás trabalhar. Fica sempre comigo"
"És a mãe mais linda do reino e do mundo inteiro"
"Tenho tantas saudadinhas tuas..."
"És uma queridjinha, uma lindona e a melhor mãe do mundo"

Ela: "Mãe, amanhã podemos ir para outra praia?"
Eu: "Porquê? Não gostas desta?"
Ela: "Gosto. Mas aqui não arranjo nenhum namorado para as férias"

No banho...
Eu: "Cuca, a mãe vai jantar fora. Vê lá se te portas bem com a avó B."
Ela: "Não, não. Eu vou portar-me muito mal"
Eu: "Ah é? Tudo bem, tu é que sabes. Mas olha que depois não entras na lista do Pai Natal... Já sabes que ele só dá presentes aos meninos que se portam bem"
Ela: "Mas eu tou na banheira. Ele não me vê a portar mal"
Eu: "Ai vê, vê! O Pai Natal vê tudo e em todo o lado"
Ela (aflita): "Oh mãe, ele está.me a ver toda nua????"

Ela: "Mãe, sabes quem foi o senhor que esteve hoje na minha escola?"
Eu: "Não. Quem foi?"
Ela: "O senhor esculeto"

Nota: esculeto = esqueleto

Monólogo à hora de almoço...
Ela: "Agora vou comer um feijaozinho. Vá, feijaozinho, vai para a minha barriga para ires ter com a bolacha que comi há bocadinho. Ela está sozinha e muito triste... Coitadinha! E tu, carninha, também vais. E agora, a água. Sabes, água, a bolacha portou-se mal e eu comi-a. Fez uma grande birra e não obedeceu à mãe dela. Isso não se faz, senão depois não entra para a lista do Pai Natal e não recebe presentes. Eu porto-me sempre bem, senão a minha mãe não me deixa brincar. Agora, vou comer mais um bocadinho de carne e feijão. Mãe, se eu comer tudo, dás-me uma bolachinha? É que aquela que eu comi há bocado está sozinha na minha barriga e assim ela fica tão triste..."

A avó B. sai do banho, de cabelo molhado...
Ela (admirada): "Vó B., parece mesmo que tens a cabeça do Ruca!"

"Mãe, posso comer um coração?"

Nota: coração = croissant

Ela: "Mamã, acorda! Hoje é o dia da mãe e eu tenho um presente para ti"
Eu: "Hummmm.... que bom! Um presente? Vamos lá ver o que é"
Ela: "Estás contente? Boa! Assim, depois de veres o presente, podes dar-me um gelado"

Três anos.
Dor, angústia, cansaço, preocupações.
Mas um amor imenso que cresce a cada dia.
A alegria de um sorriso.
A ternura de um olhar.
A emoção de um abraço.
E um "adoro-te, mamã" que me enche o coração.
E os beijinhos, os miminhos, os xi-corações, as gargalhadas, a alegria, os saltos, os momentos em que sou mais criança que ela e ela me diz "és mesmo tontinha, mamã".
Mamã... Sim, sou eu. E gosto. Muito.

Ela: "Mãe, o que é o jantar"
Eu: "Carninha com arroz"
Ela: "O que é com?"

Sentada à mesa, ao jantar...
Ela: "Ai mãe... Estou tão triste"
Eu: "Triste, Cuca? Então porquê?"
Ela: "Porque ainda não me casei"

Ela: "Mãe, porque é que o carro está a abanar tanto?"
Eu: "Porque a estrada tem buracos"
Ela: "Tem buracos?!? Mas porquê?"
Eu: "Olha, Cuca, porque já está velha"
Ela (ao fim de alguns segundos...): "Se está velhinha, então um dia destes vai para o céu"

Eu: "Vá, Cuca, a mãe vai-se embora"
Ela: "Vais para a casa de Lisboa?"
Eu: "Vou. E tu ficas aqui na casa do Algarve com a avó B."
Ela: "Ahh..."
Eu: "Ahh, porquê? Estás triste da mãe se ir embora?"
Ela: "Não. Estou contente"
Eu: "Contente???"
Ela: "Sim, porque assim a minha avó vai dar-me uma bola de berlim todos os dias"

A fazer as malas para ir para o Algarve...
Ela: "Mãe, posso levar a Kitty?"
Eu: "Podes"
Ela: "E posso levar os meus livros para pintar?"
Eu: "Podes"
Ela: "E os lápis?"
Eu: "Sim"
Ela: "E a Barbie?"
Eu: "Podes"
Ela: "E posso levar o Noddy?"
Eu: "Oh Cuca, já chega! Não podes levar a casa toda. O Noddy fica cá"
Ela: "Não pode ser. Ele tem de ir..."
Eu: "Não sejas chatinha, Cuca. O Noddy fica"
Ela: "Mas depois ele vai ficar cheio de saudades minhas, vai chorar muito e as pessoas cá do prédio não vão conseguir dormir"

Ela: "Mãe, esta Barbie é tão sexy"
Eu: "Hã???"
Ela: "É sexy"
Eu: "Mas tu sabes o que quer dizer sexy?"
Ela: "Sei. É crescida e gira"

Ela: "Avó B., anda dançar ballet comigo"
Avó B.: "Oh Cuca, a avó não pode. Não vês que a avó já é velhinha?"
Ela (zangada): "Não és nada! Se tu fores velhinha, depois vais para o céu e nunca mais vês a Cuca. Achas isso bem, achas?"

Eu: "Cuca, os brinquedos estão todos espalhados. Vai arrumar tudo dentro da caixa"
Ela: "Não posso, não vês???"
Eu: "Hummm... não estou a ver nada. Vai arrumar tudo, vá"
Ela: "Olha, tu sabes como é que eu me chamo?"
Eu: "Cuca?"
Ela: "Não. Sou a Ariel e tenho rabinho de sereia. Por isso, não posso andar para ir arrumar os brinquedos, percebeste?"

Espírito consumista... aos três anos???

Ela: "Oh mãe, quando é que chega o Sr. Verão?"
Eu: "Quando a D. Primavera se for embora"
Ela: "E ainda falta muito?"
Eu: "Um bocadinho. Porquê?"
Ela: "Porque eu quero ir comprar um biquini tão lindo para levar para a praia"

Ela: "Mãe, sabes que a doutora dos dentes hoje foi à minha escola?"
Eu: ""Sei, sim. E então, o que é que ela disse?"
Ela: "Disse que eu tenho os dentes como as princesas. Não tenho cáries"
Eu: "Que bom, Cuca. Vês, a mãe tem razão quando diz que as princesas lavam os dentes todos os dias"
Ela: "E também disse que podes dar-me chocolates e pasteis de nata para eu jantar"

Porque algumas frases também devem ser imortalizadas, aqui ficam algumas das mais bonitas:
"Somos as melhores amigas do mundo, não somos?"
"Adoro-te, mamãzinha"
"Anda cá para eu te dar tantos miminhos"
"A minha mãe é tão linda"
"Somos duas princesas e a avó é a rainha"
"Os beijinhos da mamã curam tudo"
"Nunca vais para o céu, pois não mamã?"
"Gosto tanto de ti. Podemos ser namoradas?"
"Não gosto que vás trabalhar. Podias ficar sempre aqui comigo"

Ela: "Tou muito apaixonada"
Eu: "Pois, já tinhas dito isso à mãe. E estás apaixonada por quem?"
Ela: "Pelo V., pelo R.A., pelo R.M. Eu tenho muitos namorados"
Eu: "Mas porque é que não tens só um namorado? Podias ter só um..."
Ela (com um ar escandalizado): "Porquê???? Eu quero ter muitos"

Agarra-me na cara e dá-me um beijo na boca. Daqueles mesmo à séria...
Ela: "Mãe, este é o beijinho dos namorados"
Eu (ainda meio atarantada): "Errr... Quem é que te ensinou a dar esses beijinhos? Foi o teu namorado?"
Ela: "Não. Fui eu que o ensinei a ele que eu sou muito esperta"

Ela: "Mãe, hoje fiz cocó na escola"
Eu: "Ah foi?"
Ela: "Sim. Fiz eu e o P., sentadinhos ao lado um do outro. Mas eu ganhei! O meu cocó era maior que o dele"

Ela: "Mãe, podes pintar-me as unhas de cor-de-rosa?"
Eu: "Claro. Hoje, quando chegares da escola, a mãe pinta"
Ela: "Os meninos também pintam as unhas?"
Eu: "Não, só as meninas e as senhoras crescidas"
Ela: "E as princesas, as gatas, as passarinhas, as peixas, as cãeas e as combóias"

Ela: "Mãe, posso convidar o meu namorado para vir cá a casa?"
Eu: "Podes, mas para quê?"
Ela: "Para namorar, para que é que havia de ser?"

A ver o Nemo:
"Ela: "O que é aquilo, mãe?"
Eu: "São os ovinhos de onde nascem os peixes. Chama-se ovas"
Ela: "Ovos?!? Mas não há galinhas no fundo do mar!"

No carro, de manhã:
Ela: "Mãe, as árvores não têm pernas?"
Eu: "Têm, só que estão de baixo da terra. Chamam-se raízes"
Ela: "Debaixo da terra?!? Porquê?"
Eu: "Para ficarem presas e não voarem quando vem o vento"
Ela: "Mas assim não podem andar"
Eu: "Pois não"
Ela: "E se elas tiverem comichão, como é que coçam???"

A ver a Cinderela, no momento em que aparece o rei... baixinho, gordo e careca:
Ela: "Vó B., este podia ser o teu príncipe!"

Ela: "Mãe, hoje portei-me tão mal na aula de ballet..."
Eu: "Oh Cuca, mas porquê? A mãe tá farta de te dizer que não podes fazer disparates"
Ela (com aquele ar de quem não parte um prato!!!): "Pois... mas não foi de propósito..."

A contar a história do Capuchinho Vermelho:
Eu: "... O Capuchinho ia pela floresta e, de repente..."
Ela: "... de repente, apareceu o Lobo Mau, que estava escondido atrás dos augustos!"

Nota: augustos = arbustos

Ela: "Mãezinha, tu não tens um namorado?"
Eu: "Errrr.... não."
Ela: "Porquê?"
Eu: "Oh Cuca, sei lá. Porque  não."
Ela: "Eu tenho dois. Queres ficar com um?"

Sai de fininho e vai até à casa-de-banho. Ouço barulho, mas não digo nada. Fico atenta...
Ao fim de alguns minutos, entra na sala com  ar altivo e triunfante.... com baton de orelha a orelha:
Ela: "Agora sim... sou uma princesa verdadeira!"

Ela: "Mãe, sabes para que servem os óleos brancos que temos dentro do corpo?"
Eu: "Não. Diz lá à mãe"
Ela: "Para matar as bacutérias"

Ela: "Oh mãe, tu vais para o céu?"
Eu: "Errr... um dia, vamos todos para o céu, Cuca. Mas ainda falta muito tempo, não penses nisso"
Ela: "Mas só as pessoas muito velhinhas é que vão para o céu, não é?"
Eu: "Sim, só os velhinhos. Não penses nisso agora"
Depois de uns 20 segundos em silêncio e com ar pensativo...
Ela: "Mãe, tu nunca vais ser velhinha, pois não?"

"Mãe, já te disse que estou muito apaixonada por um rapaz?"

A ver a Dama e o Vagabundo...
Ela: "Oh mãe, eles são namorados?"
Eu: "São"
Ela: "Não são nada! São marido e marida!"

Ela: "Mãe, sabes que nós dentro do corpo temos ossos?"
Eu: "Sei, sim senhora. Aprendeste isso na escola?"
Ela: "Sim. E sabes que dentro do corpo também temos óleos brancos?"

(óleos = glóbulos)

Ela: "Mãe, quando é que o Pai Natal vem outra vez?"
Eu: "Uiiii, Cuca, agora só daqui a muito tempo"
Ela: "Porquê????"
Eu: "Porque ele está em casa dele a fazer muitos brinquedos para depois dar aos meninos todos no próximo Natal"
Ela: "E não pode vir cá a casa trazer só um???"

Hoje, fomos a casa da M.J. passar o final da tarde...
M.J.: "Então, Cuca, e o que é que queres ser quando fores grande?"
Ela: "Hummm... Quero beber vinho"

No banho, com vários bonecos na banheira...
Ela: "Mãe, não encontro a Hello Kitty pequenina"
Eu: "Oh Cuca, procura. Deve estar debaixo das pernas ou aí atrás das tuas costas"
Ela (com um ar assustado): "Oh mãe, achas que entrou para dentro do meu rabinho????"

Ontem, o jantar lá em casa foi bifes com arroz. Enquanto a estava a servir, aos gritos:
"Mãããããeeee... quer'alho, quer'alho, quer'alho, quer'alho!!!!"
E continuou a repetir isto até eu lhe pôr o prato à frente... Santa inocência...

Depois de contar 5243839 histórias, a avó B. disse "Cuca, agora deita-te e vamos dormir"
Ela: "Oh vó B., conta mais uma história"
Avó B.:"Não. Já contei muitas e agora são horas de ir dormir"
Ela: "Mas eu não quero. Conta mais uma"
Eu: "Já disse que não. E agora deita-te, vá. São horas do óó"
Deitou-se. Ao fim de 10 segundos, senta-se na cama de repente e diz:
Ela: "Olha, vó B., sabes para onde é que tu vais????"
Avó B.: "Para onde vou? Não, não sei. Para onde?"
Ela: "Para o lar"